Gasolina fica mais cara a partir desta terça (29)

A alta nos valores dos combustíveis é a segunda anunciada no período de duas semanas.

Na segunda-feira (28), a Petrobras anunciou o aumento de 4% no preço médio do diesel e 5% da gasolina a partir desta terça-feira (29). A alteração acontece em meio a uma alta no petróleo nas últimas semanas, além de uma desvalorização do real ao dólar de uns dias para cá.

O aumento dos preços dos combustíveis é o segundo anunciado em duas semanas. Antes disso, no dia 15 de dezembro, a estatal já havia elevado os preços do diesel e da gasolina.

Dessa forma, com o aumento de 4%, o preço médio do diesel passará a ser de R$ 2,02 por litro. De acordo com a Petrobras, no acumulado do ano a redução do valor chega a 13,2%.

Enquanto isso, o preço médio da gasolina, com o aumento de 5%, passa a ser de R$ 1,84 por litro. O acumulado no ano deve ser de 4,1%.

Defasagem em importação

Mesmo com a alta das cotação de combustíveis da estatal, especialistas apontam que uma defasagem ante a paridade de importação deve permanecer.

“Faz cerca de três semanas que a Petrobras trabalha com defasagem de mais de 10 centavos em relação ao mercado internacional e segue bem próxima a esse nível mesmo com o ajuste de hoje”, afirmou o chefe da área de óleo e gás da consultoria INTL FCStone, Thadeu Silva, à Reuters.

De acordo com Silva, este ajuste representa menos da metade do necessário para uma paridade de importação. Ele também comentou que tem havido atrasos nos repasses da alta do petróleo para os combustíveis da Petrobras.

Além disso, Sérgio Araújo, presidente da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), também ressaltou a defasagem nos preços pelo mercado externo. Araújo também frisou que “as importações por agentes privados continuam inviabilizadas”.

Segundo a Petrobras defende que os seus preços seguem a paridade de importação, que é impactada por alguns fatores, como cotações 
internacionais do petróleo e o câmbio. Ainda não é garantido o repasse dos reajustes nas refinarias aos consumidores finais nos postos de gasolina.

Esse fator depende de várias questões, como a margem de distribuição e revenda, adição obrigatória de etanol anidro e biodiesel e impostos.

(Tribuna de Jundiaí)

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