Ex-prefeito de Araraquara e ex-ministro do governo Dilma, Edinho se elege presidente do PT com 73% dos votos |
| Humberto Costa cumprimenta Edinho Silva, novo presidente do PT. Foto: Roberto Stuckert Filho |
O Partido dos Trabalhadores (PT) escolheu nesta segunda-feira (7) seu novo presidente nacional: Edinho Silva, ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) e atual prefeito de Araraquara (SP), foi eleito com 73,48% dos votos. A eleição contou com o apoio declarado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e definiu a liderança da sigla até 2029.
O resultado foi anunciado pelo senador Humberto Costa, que ocupava interinamente a presidência do partido, durante evento em Brasília. Ao todo, 342.294 votos foram apurados. Edinho superou nomes tradicionais da legenda, como o ex-presidente do PT, Rui Falcão, que obteve 11,15%, o sindicalista Romênio Pereira (11,06%) e o historiador Valter Pomar (4,3%).
Perfil político
Edinho Silva tem uma longa trajetória dentro do PT. Foi deputado estadual por São Paulo, ministro no governo Dilma Rousseff, presidente do partido entre 2009 e 2013, além de coordenar a campanha de Lula em 2022. Atualmente em seu quarto mandato como prefeito de Araraquara, é formado em Ciências Sociais pela UNESP e mestre em Engenharia de Produção pela UFSCar.
Prioridades da nova gestão
Em entrevista ao site do PT, Edinho destacou que sua gestão será voltada para a defesa dos trabalhadores e da justiça social. Entre as pautas prioritárias estão a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6x1, atualmente em discussão no Congresso por meio de uma PEC da deputada Erika Hilton (PSOL-SP). Ele também defende mudanças estruturais no transporte público.
“O PT tem que ser enfático com a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6x1. Temos que discutir uma forma de custear o transporte público, que hoje penaliza os mais pobres. Sem isso, não construiremos uma sociedade justa e igualitária”, afirmou Edinho.
Outros temas centrais para sua gestão incluem a justiça tributária, a atuação nas bases comunitárias e a revalorização das bandeiras históricas do partido. Edinho também defendeu o fortalecimento dos conselhos municipais de políticas públicas, como os de saúde, educação, cultura e combate ao racismo.
“O PT não pode abrir mão da disputa pelas políticas públicas e pela universalização da educação integral e da segurança alimentar”, completou.
Com a nova presidência, o partido mira uma reestruturação interna e maior presença nas bases sociais, visando consolidar apoio para a continuidade do projeto político encabeçado por Lula.
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