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Brasileiros pagam R$ 3,9 trilhões em tributos ao longo de 2025

Impostômetro da ACSP atingiu marca inédita às 23h29 da quarta-feira, 24 de dezembro. Gasto Brasil já ultrapassa R$ 5 trilhões
IMAGEM: Rebeca Ribeiro

Na véspera de Natal (24/12), enquanto diversas pessoas estarão ocupadas preparando os famosos quitutes natalinos, os brasileiros terão pago R$ 3,9 trilhões em tributos de acordo com o Impostômetro, painel instalado na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no Centro Histórico da capital paulista. O montante, que será atingido às 23h29, representa o total de impostos, taxas e contribuições pagos aos governos federal, municipal e estadual, desde o início do ano.

O valor representa uma marca inédita no painel, e um aumento de R$ 300 bilhões na arrecadação de tributos comparado com o mesmo período de 2024, quando o Impostômetro encerrou o ano com o total de R$ 3,6 trilhões arrecadados.

Para João Eloi Olenike, presidente-executivo do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), o aquecimento da atividade econômica e o aumento da expectativa do PIB pelo mercado financeiro, que deve chegar a 2,25%, aumentou as vendas do varejo além de contribuir para a geração de empregos - o que também impacta a arrecadação de tributos.

Além disso, Olenike menciona que a inflação, que deve encerrar o ano em cerca de 4,36%, provoca aumento na arrecadação, pois aumenta o preço dos produtos. É como um movimento de carrossel, considerando que, com o aumento dos preços, isso aumenta a receita das empresas e, consequentemente, afeta a base de cálculo de recolhimento de tributos.

“Isso acontece todos os anos: quanto maior a inflação, maior a arrecadação”, diz.

Outros fatores que contribuíram para o aumento da arrecadação, segundo Olenike, foram o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), além da tributação sobre jogos de apostas e cassinos, as famosas bets, assim como a taxa das blusinhas. “No Paraná, por exemplo, o ICMS era 19% em 2024 e agora está em 19,5%.”

O presidente-executivo do IBPT também lembra que, no governo atual, alguns benefícios fiscais foram derrubados, como o PERSE (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos), que isentava o setor de alguns tributos para auxiliar sua retomada no pós-pandemia e foi encerrado em 2025, contribuindo também para aumentar a arrecadação.

Gasto público atinge R$ 5 trilhões

Enquanto a arrecadação de 2025 fechará o ano em R$ 3,9 trilhões, os gastos públicos, medidos pelo Gasto Brasil, encerrarão o ano acima de R$ 5 trilhões, sendo R$ 2,14 trilhões do caixa do Governo Federal, R$ 1,41 trilhão dos estados e R$ 1,44 trilhão dos municípios. A ferramenta de transparência da ACSP alterna sua visualização com o painel do Impostômetro.

Quando o Gasto Brasil foi lançado, em abril deste ano, ele registrava R$ 1,6 trilhão, enquanto o Impostômetro marcava R$ 1,2 trilhão, uma diferença de R$ 400 bilhões. Agora, essa diferença ultrapassa R$ 1,1 trilhão.

De acordo com o Gasto Brasil, entre as principais despesas do Governo Federal, destacam-se 11 categorias que representam 96% do total. A maior parte das despesas desse grupo são a Previdência, as Despesas com Pessoal e os Encargos Sociais, sendo que essas três categorias representam 60% do total. Os gastos federais com a Previdência somavam, até o dia 16/12, R$ 1,404 trilhão.

Fonte: Diário do Comércio | Leia matéria completa aqui

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