Por falta de insumos, Ministério da Saúde tem 9,8 milhões de testes parados

Governo diz ter dificuldade para encontrar reagente no mercado internacional
Redação

General Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde (Foto: Marcos Corrêa/PR)


Uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revela que, quase seis meses após decretar estado emergência pela Covid-19 no país, o Ministério da Saúde ainda guarda em seus estoques 9,85 milhões de testes.

Segundo documentos internos da pasta obtidos pela publicação, o número é quase o dobro das cerca de 5 milhões de unidades entregues até agora pelo governo federal aos estados e municípios. O exame encalhado é do tipo PT-PCR, considerado “padrão-ouro” para diagnóstico da doença.

De acordo com o Estadão, o principal motivo para os testes ficarem parados nas prateleiras do ministério é a falta de insumos usados em laboratório para processar amostras de pacientes. Isso porque, segundo secretários de saúde locais, não adianta só enviar o exame, mas também é preciso distribuir reagentes específicos.

O governo federal comprou os lotes de exames, mas sem ter garantia de que haveria todos esses insumos, indispensáveis para usar os testes. Estes produtos não são entregues “com regularidade” pela pasta, afirma o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Questionado pela reportagem, o Ministério da Saúde afirmou que teve dificuldades para encontrar todos os insumos no mercado internacional, mas que está estabilizando a distribuição conforme recebe importações de fornecedores. A pasta não explicou se houve alerta dos técnicos durante o planejamento sobre o risco de os testes ficarem parados pela falta de insumos. Também não informou quantos reagentes usados na etapa de extração das amostras foram entregues.

(Bahia.Ba) 

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