Para ampliar a produtividade e qualidade da mamona na Bahia, o Governo do Estado vem realizando investimentos nesse sistema produtivo e, na quarta-feira (9), deu início a uma formação de técnicos e dirigentes de organizações produtivas da região, para a implantação e funcionamento de campos de produção de sementes de mamona.
São três módulos online, ministrados pelo Doutor em Ciência e Tecnologia de Sementes, Edson Alva, que também é especialista em mamona. A formação aborda temas como tecnologias de cultivo, melhoramento da mamoneira, maturação, colheita e secagem, beneficiamento, análise da qualidade, entre outras abordagens.
O curso está sendo promovido pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio do projeto Bahia Produtiva, em parceria com a Cooperativa Mista de Produção Aquisição e Serviço do Estado da Bahia (Coopersertão).
A Coopersertão é especializada na produção de mamona voltada para a produção de biodiesel, e atua em parceria com as cooperativas dos Pequenos Produtores Rurais do Povoado do Aurora e Regional de Reforma Agrária da Chapada Diamantina e às associações dos Moradores de Queimado e Sapecado Comunidade e Desenvolvimento e Comunitária de Largo do Elói, que fornecem a mamona, beneficiando diretamente 270 famílias de agricultores familiares.
A cooperativa foi contemplada por meio de edital do Bahia Produtiva e está recebendo investimentos de R$3,2 milhões, aplicados na construção de galpões para estocagem e beneficiamento da mamona com máquinas e equipamentos para o cultivo e irrigação. O investimento visa garantir a compra dos grãos da mamona dos beneficiários, minimizando a exploração comercial pelos atravessadores. A ação beneficia produtores dos Territórios de Identidade Irecê, Piemonte da Diamantina, Piemonte do Paraguaçu e Chapada Diamantina.
A Coopersertão já possui experiência na comercialização da mamona e é a única entidade da agricultura familiar na Bahia que possui contratos vigentes de comercialização de grãos de mamona com a Petrobrás – PBIO, Bioóleo e Olma. A produtividade média das propriedades em sequeiro, dos beneficiários, é de 600 quilos por ano.
O assessor especial da CAR, Ivan Fontes, explica que a Coopersertão vem sendo apoiada técnica e financeiramente pelo projeto: “Além dos investimentos em infraestrutura, com o objetivo de dotar a cooperativa de melhores condições para a produção e comercialização da mamona direcionada para biodiesel, estamos, também, fazendo formação especializada para as equipes técnicas da própria cooperativa, de outros empreendimentos parceiros e de instituições de assistência técnica, buscando ampliar a produtividade e qualidade da matéria-prima, aumentando os ganhos dos agricultores”.
Para o diretor da Coopersertão, Marcelo Brito, o projeto de campos e sementes chegou para alavancar a produção e organizar a cadeia produtiva da mamona: “A gente vinha a alguns anos sem poder disponibilizar sementes de qualidade para os produtores, o que nos resultou perdas e um produto com pragas e doenças. Com esse incentivo, que vai desde o plantio com sementes de qualidade, passando pela patrulha mecanizada para preparar esse solo, até chegar na comercialização, esperamos produzir melhor e com mais rentabilidade”.
Fonte: Ascom/Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR)
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