"Educar não é cortar asas, e sim orientar o voo."



Vocês já pensaram sobre isso? Eu penso sempre. Para mim, o mais difícil de educar é não superproteger, não permitir que os meus medos cerceiem os meus filhos e impeçam que eles se tornem tudo aquilo que poderiam ser se fossem livres para escolher.

Depois que me tornei mãe, o mundo se transformou diante de mim... e dentro de mim também. Caramba, como viver pode ser perigoso! Como deixar o meu filho sair sozinho e correr o risco de não voltar? Como explicar que ele não deve retribuir uma mordida naquele amiguinho que o morde todos os dias? Como permitir que ele mantenha um bom relacionamento com o coleguinha que eu julgo muito mal educado? Como educar sem impor o meu julgamento?

Tenho muitos medos e dúvidas, mas ,pelo bem dos meus filhos (e pela minha própria sanidade, diga-se de passagem), escolhi não antecipar problemas e viver um dia de cada vez. Meus filhos vão crescendo, novos desafios vão surgindo e vou reagindo a eles da maneira que me parecer melhor e mais justa para NÓS, para mim e para os meus filhos.

Minha meta é sinalizar os perigos e oferecer ferramentas para que eles sejam capazes de fazer seu próprio julgamento. É transmitir valores claros e sólidos em que eles confiem e acreditem. É poder confiar em quem eu mesma eduquei. Para isso, não dá para ter preguiça. Não dá para deixar o filho fazer algo que normalmente não deixaríamos porque ele insistiu muito e eu estava muito cansada para contra argumentar. Não dá para seguir sempre o caminho mais fácil para evitar o confronto, para deixar o filho sempre feliz.

É preciso impor limites, ser claro quanto ao que é ou não aceito e ser razoável, não exigindo o impossível. E é preciso também saber que não acertamos sempre e que o nosso ponto de vista não é o único ou o melhor. É preciso saber ouvir, tentar entender o ponto de vista da criança, o peso que cada coisa tem na sua vida.

Podemos cuidar, amar, orientar, proteger, mas não podemos viver por eles. Não dá para evitar todos os tombos ou odiar cada um que os faça sofrer. Não dá para eliminar o risco de viver. Mas dá para estar lá, do lado, para apoiar, incentivar, curar. Para ser o porto mais seguro. Para ser MÃE, com todos os bônus e ônus do título.

Essa é a minha escolha. Educar com perseverança, paciência, amor e justiça. E com fé nos frutos que colherei seguindo esse caminho.

Vocês já pensaram sobre isso?

Fonte: Enquanto eles crescem 

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