Inep garantiu que vazamento não interfere na lisura do Enem
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Imagens de páginas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) de 2024 começaram a circular antes das 18 horas, momento em que estudantes podem deixar as salas de aplicação das provas. A Polícia Federal está investigando o caso. O Inep garantiu que o vazamento não comprometeu a "lisura do certame".
Segundo O Globo, as primeiras imagens começaram a circular por voltas das 16h30 e traziam o tema da redação e os temas motivadores. Entre eles, o samba da Mangueira "História para ninar gente grande" e uma imagem de alunos da rede municipal do Rio na Pequena África.
Ambos serviram para inspirar os candidatos a escrever sobre o tema "Desafios para a valorização da herança africana no Brasil". Por volta das 17 horas, documento com todas as questões da prova passaram a circular.
O Inep informou que os episódios "são registrados em ata de sala de aplicação e não comprometem a lisura do certame". O órgão disse ainda que "deixar o local de prova portando o caderno de questões antes dos 30 minutos finais de prova é motivo de eliminação do participante".
A Polícia Federal está investigando o caso.
Vazamento em 2023
Caso semelhante aconteceu no Enem 2023. No ano passado, a prova de redação foi vazada ainda antes das 14 horas.
Em maio, a PF identificou que uma pessoa contratada para aplicar a prova em Belém, no Pará, havia tirado foto da página e enviado para uma amiga por volta das 13h50.
"A conduta de utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de processo seletivo para ingresso no ensino superior, pode gerar uma pena de reclusão de um a quatro anos e multa", informou a PF.
No mesmo ano, também circulou imagens da prova completa antes do fim da aplicação. Contudo, a Polícia Federal não divulgou se houve investigação desse caso.
O vazamento mais sério, contudo, aconteceu em 2009. Naquele ano, imagens das provas circularam antes mesmo do início da aplicação. O Enem teve que ser cancelado e adiado por dois meses, para que fosse possível elaborar uma nova prova.
Diário do Nordeste
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