Iɴғᴏʀᴍᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ ᴇ́ ᴄᴏɪsᴀ sᴇ́ʀɪᴀ

Preço do Cacau Dispara e Aumenta Preocupações com a Oferta Global


O mercado do cacau enfrenta uma escalada significativa, com o preço atingindo nesta manhã o maior nível em mais de sete meses, chegando a US$ 10.510 por tonelada. A alta reflete as incertezas sobre a produção na África Ocidental, região responsável por grande parte da oferta mundial.

Na Costa do Marfim e em Gana, o clima adverso — quente e seco — já afetou negativamente a safra principal. Agora, o início do período sazonal do Harmattan, caracterizado por ventos secos que agravam a aridez do solo, ameaça também a safra temporã prevista para abril. Relatórios indicam que os embarques de cacau nos portos da Costa do Marfim na semana passada ficaram abaixo da média dos últimos cinco anos, reforçando os temores de uma oferta reduzida.

Com os estoques globais em seu nível mais baixo em 20 anos — apenas 1.483.243 sacas —, uma nova redução na produção pode agravar ainda mais o equilíbrio entre oferta e demanda no mercado global.

As empresas de chocolate e confeitaria sentem os efeitos dessa alta nos custos das commodities. Para manter suas margens, muitas têm repassado os custos aos consumidores, resultando em uma queda na demanda. Esse cenário adiciona pressão sobre um setor que já enfrenta desafios com mudanças no comportamento dos consumidores e aumento da competitividade global.

A alta do cacau é mais um exemplo de como questões climáticas e logísticas podem impactar mercados críticos, trazendo desafios tanto para produtores quanto para indústrias que dependem dessa matéria-prima. Com o futuro da produção africana ainda incerto, o mercado segue atento às condições climáticas e seus impactos nos próximos meses.

Texto publicado originalmente no site MERCADO DO CACAU, acesse aqui 

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