Casos de depressão em advogados são alarmantes
Uma pesquisa sobre Saúde na Justiça, com base em dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) mostra que 30% dos afastamentos dos profissionais de advocacia do trabalho são causados por transtornos mentais e comportamentais.
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Com base nisso, a Associação Paraibana de Advocacia Municipalista (Apam) alerta para que os profissionais da advocacia mantenham os cuidados devidos da saúde mental, aproveitando a campanha do Janeiro Branco.
Preocupados com os casos de depressão na profissão, a Apam em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), a Escola Superior de Advocacia (ESA) e a Caixa de Assistência dois Advogados da Paraíba (CAA-PB) firmaram uma parceria para oferecer atendimento psicológico a preço simbólico.
“É importante que os profissionais procurem uma ajuda profissional e por isso firmamos essa parceria que estamos voltando a divulgar esse mês, dentro do Janeiro Branco”, disse o presidente da Apam, Marco Villar.
O presidente da OAB-PB, Paulo Maia, destacou a preocupação que a Ordem tem com a saúde mental dos advogados. Afirmou que advocacia é uma profissão que envolve muito estresse, cheia de prazos, audiências e trabalho fora do horário de expediente. “Precisamos cuidar da nossa saúde mental sempre”, disse.
A Cartilha da Saúde Mental elaborada pela OAB destaca que um dos sintomas para um quadro de depressão é a ansiedade generalizada que pode ser caracterizada pela presença de outros sintomas ansiosos excessivos, na maior parte dos dias, por pelo menos seis meses. A angústia, tensão, preocupação, nervosismo ou irritação. São frequentes ainda sintomas como insônia, dificuldade em relaxar, cansaço fácil, tensão muscular, angústia constante, irritabilidade aumentada e dificuldade em concentrar-se.
São também comuns sintomas físicos como cefaleia, dores musculares, dores ou queimação no estômago, taquicardia, tontura, formigamento e sudorese fria. Nessa síndrome, os sintomas têm alto potencial para causar sofrimento significativo e prejudicar a vida social e ocupacional do indivíduo. Um sentimento de vergonha pode aumentar a ansiedade – “os outros perceberão que estou assustado”.
“A relação profissional que enfrentamos diariamente de disputa, de desgaste físico e mental, de muito estudo aliada ao desrespeito que a profissão vem sofrendo, nos impõe uma reflexão e uma atenção especial por parte da Apam. Por isso fazemos esse alerta para que os profissionais mantenham os cuidados com a saúde, principalmente a mental”, disse Marco Villar.
Serviço – Para ter acesso ao atendimento psicológico e os advogados e advogadas adimplentes com a anuidade da OAB-PB, terão que agendar o serviço de Psicologia/Psiquiatria na recepção da sede da Caixa de Assistência dos Advogados da Paraíba (CAA-PB) ou por telefone (3133-3400);
Será concedido até seis atendimentos gratuitos para o advogado ao ano. Após o sexto atendimento, o advogado poderá continuar o tratamento, mas o custeando, situação em que os valores serão subsidiados pela Caixa, Seccional e Apam. Em caso de falta, sem prévio aviso, o advogado perderá a gratuidade, repassando a vaga para um outro advogado.
Para concessão do serviço, os advogados terão que preencher uma ficha de cadastramento (disponível no site ou na sede da CAA-PB); – Cópia da identidade da OAB/PB, e Certidão de regularidade com a Seccional.
Fonte MaisPB
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