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Robô no WhatsApp ajuda na triagem de casos de coronavírus

Murilo Gazzola diz que ferramenta contribui na identificação da doença e também na coleta de dados sobre notificações da covid-19 no País

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Cientistas da USP têm se mobilizado para criar tecnologias que auxiliem no combate e no diagnóstico do coronavírus. É o caso de Murilo Gazzola, pesquisador do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), que desenvolveu um robô no WhatsApp que ajuda os usuários a identificar sintomas e notificar casos em todo o País.

Em entrevista ao Jornal da USP no Ar, Gazzola conta que o desenvolvimento da ferramenta, chamada de “CheckCorona”, foi rápido, com o objetivo de fornecer informações à população. “Com minha experiência, como cientista de dados na área da saúde, comecei a desenvolver essa ideia logo quando o primeiro caso de covid-19 foi confirmado no Brasil. Depois disso, houve a fase de testes e atualizações constantes”, explica o especialista.

Para utilizar esse recurso, basta adicionar o número +55 16 98112-8986 no seu WhatsApp e enviar uma mensagem que diga “CheckCorona”. A partir disso, haverá uma interação automática com o robô, que fará uma série de perguntas relacionadas às suas condições de saúde, aos contatos que teve recentemente e ao local no qual a pessoa mora. O criador do recurso explica que “isso é importante para termos dados sobre a situação das periferias, por exemplo, nas quais nem sempre há a possibilidade de o cidadão praticar o isolamento social e seguir as recomendações idealmente”.

Além de fazer uma triagem inicial, capaz de orientar as pessoas de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o pesquisador aponta que o robô pode ajudar na análise dos dados da pandemia, considerando as possíveis subnotificações da doença no País. “Hoje a ferramenta está sendo usada no Brasil todo, e a todo momento chegam mensagens. É importante analisar cada Estado; até agora existe uma correlação real entre os dados coletados pelo robô e os notificados oficialmente. A amostragem ainda não se compara à real população do Brasil, mas a ideia é ampliar cada vez mais e atingir cada vez mais pessoas”, conta o cientista.

Saiba mais ouvindo a entrevista na íntegra.

Fonte: Jornal da USP

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