Escovação correta
A higiene bucal inadequada é uma das principais causas da halitose, segundo o dentista Fernando D’Oliveira Matozinhos. Ela causa acúmulo de tártaro (restos de alimentos calcificados) e placas bacterianas, provocando sangramentos e inflamações na gengiva e na área periodontal (entorno dos dentes) e saburra lingual. Restaurações desadaptadas e grandes cáries, que acumulam alimentos, também causam mau hálito.
Para prevenir o mau hálito, recomenda uma boa higiene bucal, com escovação correta, limpeza da língua, uso do fio dental e de enxaguatório bucal sem álcool, bem como a visita freqüente ao dentista.
Ao contrário do que muitos pensam, problemas no estômago não costumam interferir no hálito. Essa crença se origina do fato de que o jejum prolongado pode causar halitose. Contudo o gastroenterologista João Soares ressalta que algumas doenças do trato digestivo estão associadas ao mau hálito, como a doença do refluxo, divertículos no esôfago, megaesôfago, gastroparesia e estenose pilórica.
A baixa produção de saliva, estresse, problemas nas vias aéreas e nas amígdalas e prisão de ventre acentuada também podem causar halitose.
Alimentação saudável
Todo mundo sabe que alguns alimentos causam mau hálito, como o alho, a cebola, a pimenta, rabanete, picles, repolho, couve, brócolis, bem como alimentos gordurosos, como queijo amarelo.
Contudo, a nutricionista Cristiane Almeida alerta sobre duas atitudes que estão diretamente relacionadas à halitose: beber menos de um litro de água por dia (baixa ingestão hídrica) e ficar mais de três horas sem comer (jejum prolongado).
Para ela é importante uma dieta saudável, ingerir pequenas refeições a cada três horas e beber bastante água. Alimentos fibrosos e crus, como a maçã, a pêra e o pepino, estimulam a mastigação e podem ajudar na limpeza dos dentes.
Consultoria:Fernando D’Oliveira MatozinhosJoão Soares (IPEC/Fiocruz)Cristiane Almeida (IPEC/Fiocruz)
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Saburra lingual, o que é? Como acabar com esse problema?
O adjetivo “branco” pode ser até muito bem-vindo para descrever um sorriso, mas, quando o assunto é a língua, ele ganha outro significado e, dessa vez, não muito positivo. Aquela famosa camada esbranquiçada, conhecida pelos dentistas como saburra lingual, pode ser um indicativo de que a higiene bucal não está sendo feita da forma correta. A solução, no entanto, não envolve nenhum mistério. Para isso, a manutenção de bons hábitos faz toda a diferença. Quer se ver livre desse problema? A dentista Patricia Pereira explica como.
O QUE É A SABURRA LINGUAL?
Antes de descobrir como dar adeus a esse incômodo, é importante entender o que ele significa. A saburra é formada basicamente por bactérias e pedacinhos que se desprendem da parte interna da boca. Essa combinação pode ser uma das causas do mau odor proveniente da halitose, um problema sério que, por sorte, tem jeito. O segredo para melhorar a saúde bucal, nesse caso, começa com cuidados básicos como escovar a língua e os dentes da maneira correta.
ACABANDO COM O PROBLEMA
Patricia esclarece que, caso a saburra lingual venha associada à diminuição do fluxo salivar, a indicação é investir em hidratação e aumentar o consumo de água diário. “É importante lembrar que é necessário pesquisar a fundo a causa desta diminuição de quantidade de saliva”, ressalta. Outro motivo para o aparecimento do problema são as doenças sistêmicas e infecciosas. “Esses casos também devem receber atenção com uma ação conjunta entre médico e odontólogo”. Por isto, não pense duas vezes e procure os profissionais certos que vão te ajudar na tarefa de dar fim a esse incômodo bucal.
A dentista explica que o primeiro passo, ainda assim, é simples. “Identificada a origem, inicialmente se aconselha a higiene da língua”. Segundo ela, as cerdas da escova de dente ou os conhecidos limpadores de língua são os indicados para higienização. Além disso, o que comemos pode auxiliar na limpeza. Quem diria, né? Alimentos ricos em fibras são vistos de forma positiva no combate à formação de muco. “Frutas e verduras menos "grudentas", como maçã, goiaba, morango e cenoura facilitam a remoção e não permanecem na superfície da língua”, explica.
(Com informações: INVIVO/Fiocruz e sorrisologia)
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