Opinião: Divergências nas pesquisas presidenciais pode confundir o eleitor

Arte: Diário Tancredense


As pesquisas eleitorais servem para mostrar o atual cenário político. Pelo menos esse deveria ser o intuito, no entanto, não parece ter sido isso que tem ocorrido nos últimos meses. Os institutos de pesquisas têm trazido resultados divergentes entre si, que ao invés de cumprir com seu papel, pode confundir o eleitorado. 


Para se entender melhor, basta olhar as últimas pesquisas divulgadas nesta semana pelos principais insitutos: Ipec, FSB, Genial/Quaest, PoderData e Ipespe. Começando com os números da Ipec e Datafolha, ambos, apresentam maior vantagem do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, sobre o atual presidente, Jair Bolsonaro, se comparado aos demais levantamentos. Nelas, o ex-presidente aparece com 16 e 14 pontos, respectivamente, à frente do atual chefe do Executivo, com 47% a 31% e 47% a 33%. 


Nos levantamentos do Paraná pesquisas e da ModalMais/Futura há um empate técnico dentro da margem de erro. No Paraná Pesquisas, Lula tem 40,1% contra 36,4% de Jair Bolsonaro. Na pesquisa ModalMais quem lidera é Bolsonaro com 39,2% e Lula aparece com 39,1%. Nas duas, a margem de erro de 2,2 pontos para mais ou para menos, ou seja, estão empatados. 


Nas pesquisas da Genial/Quaest, FSB e PoderData há algo em comum, Lula aparece com 44% das intenções de votos, a diferença é no percentual de Bolsonaro que varia. Na Genial, o atual chefe do Executivo tem 34%, na FSB, 35% e na PoderData, 37%. Ou seja, a diferença entres eles varia de 7 a 10 pontos. 


Na pesquisa Ipespe, Lula tem 46% das intenções de votos contra 35% de Bolsonaro, 11 pontos de vantagem. Margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.


Divergência das demais 


Oposta às demais pesquisas, que mostram Lula à frente, o levantamento da desconhecida Brasmarket aponta Bolsonaro na liderança com 44,9% enquanto o ex-presidente Lula registra 31% das intenções de voto. A diferença entre os dois candidatos é de 13,9 pontos percentuais. Ou seja, os números são inversos, praticamente, aos divulgados pela Ipec e Datafolha. 


Em quem acreditar? 


Diante das divergências, o resultado do dia 02 de outubro, vai desmascarar muita gente. Uma coisa é certa não há possibilidade de todos estarem certos, alguns podem errar, e feio, nas estimativas. De qualquer forma, o eleitor precisa votar de acordo com suas convicções e consciência. Analisar as propostas dos seus candidatos e votar naqueles que melhor lhe representam. Quanto a pesquisa, acredito que são apenas números que podem impulsionar alguém a escolher determinado candidato, mas a verdadeira decisão sairá das mãos de cada eleitor que irá às urnas no próximo dia 02. 

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